terça-feira, 27 de maio de 2008

Terminos são a gramática do amor....


Certa vez ouvi que eu estava sendo frio.
"Frio por quê?" pensei eu logo em seguida.
O término quando é sincero, esclarecido e cuidadoso não é digno de término?
Tá bom, fica esperando.
Namorar é tentar sempre dialogar no intuito de aparar as arestas, sempre é isso...
Nem sempre é fácil, nem simples...
Nós terminamos quando desistimos de tentar aparar aquela aresta;
E vamos procurar, consciente ou não, outra que achamos que poderemos dar conta...
E desistir de aparar aquela aresta não significa ter culpa de alguma coisa não.
Não temos obrigação disto. Temos necessidade.
Mas mesmo assim precisamos ser aparados também.
Por que nós também temos as nossas farpas.
Quando deixamos de aparar, ou deixam de apararmo-nos
O fim vem.
E ele vem como o ciclo natural, como estrutura necessaria para o nosso polimento.
Ou você achou que chega em cada relacionamento da mesma forma?
Ingênuo.
O que aparou foi aparado.
Mas quero deixar bem claro aqui,
Não defendo os términos, fins e adjacências,
Apenas digo que eles fazem parte, diria melhor,
São parte estruturante da brincadeira de amar.
Assim, saiba que o término é um ato de auto-conhecimento.
um ato de personificação.
Os términos são a gramática do amor.

Imagem: Menina Ô. -> http://www.flickr.com/photos/23188196@N06/
Homenagem a um amigo, além de valer pra mim e todos nós.

12 comentários:

N. disse...

sempre achei gramáticas um tanto quanto difíceis.

Franklin Marques disse...

concordo com niltim...
Você é meu Guru.
Valeu pela conversa, pela força.
:D

energiadaemocao disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa de Mariz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa de Mariz disse...

E um novo começo é a gramática da vida ;p
Beijão Zeinho ;)

PatSodré disse...

No final da leitura uma dúvida cruel nos assombra...

"Sou eu o sujeito oculto?"

Esperando as transformações nas normas da nossa língua!

Nani disse...

É por isso que aprender Português é tão complicado né??? kkkkkkk!!
=p

Gostei muito do texto, Zé..
Foi o que mais "mexeu" comigo até hj aqui do blog!

Vc manda muito bem!!! ;)
Beijooooo!!!

Ôhana disse...

Vale até arriscar que um ponto final pode indicar o início de um novo parágrafo.

Anônimo disse...

E fica sempre a possibilidade de novos ciclos.
Massa Zedi, gostei muito.

Liliane Araujo disse...

Mah 'dasveis' dói que só...

Massa teu canto.
Abraço.

Malu Godinho disse...

Sim Zé... digamos que isso venha a nos ajudar com a próxima brincadeira de amar, porém, não mais nos é permitido errar o lugar do hífen, nem mais trocar o agudo por circunflexo, palavras vistas palavras aprendidas, mas, nem sempre conseguimos isso, não mais errar, inconcientemente os mesmos erros são repisados (nem sempre), embora, que não intencionais. Sim isso deveria acontecer aprender, e não cometer erros dantes feitos.
Um grande beijo, e nem preciso dizer que o que vc escreve é encantador!!
Até mais Zé!

Anônimo disse...

Cadê os textinhos?? quero lerrrr
beijosss, Pucca