sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Entre os dentes...


Começa, as luzes iluminam, e você encontra o momento que tanto fugia: a boca abre-se e você fecha depois. o movimento do maxilar é repetido, e vc já imaginava como seria o procedimento. os dentes se encontram e começam o baile, encontram suas arestas propriamente designadas para este processo, uma curtição ininterrupta, encontro, uns amassam, outros cortam, outros dançam, uns estão em falta, uns doem...E movimento segue sem cessar, mastigando, mastigando, gandomasti, odnagitsam...começa sempre pelas bochechas, ou melhor pela mucosa, começa a ferir, então parte-se para a lingua...a como mastigar a língua dói, mas é importante...pois você depois só cospe pequenos pedaços dela...mastiga, essa parte geralmente se torna transversal ao resto do processo, ao mastigar o resto, a língua cotinua sendo mastigada, não pode-se esquecer que o suco gástrico continua a ser produzido e a ser expelido. e durante isso tudo, você começa a perceber que pouco a pouco o mastigar está sendo vazio, então começa a parar, o movimento vai se diminuindo, vai sendo menos intenso, até que você acaba de mastigar.

2 comentários:

Franklin Marques disse...

seria possível dizer muitas coisas, mas não é a intenção, os dentes ainda mastigam, uma a uma, as palavras vão virando aquela massa, massa organica, sêmica, cheia de significados.

N. disse...

semiótica não tem me explicado nada nesses últimos tempos.

Esteticamente, me parece bastante regurgitador... Como se aquela história do movimento antropofágico modernista fosse tudo vontade de encher o ego.

Se comer é se amar demais... hoje tenho um gosto estranho na boca!